História da páscoa e dos ovos de páscoa:
Desde muito tempo atrás, para diferentes povos, o ovo representava a criação e a fecundidade. Usualmente eram pintados e oferecidos aos amigos nas ocasiões festivas. A adoção dos ovos como símbolo da Páscoa está ligada ao fato de que o ovo, aparentemente morto, contém uma vida que aparece subitamente.
O surgimento do ovo de chocolate na Páscoa se deu a partir do Séc. XVIII, em substituição aos ovos duros e pintados que eram escondidos nas ruas e nos jardins para serem caçados. Foi uma descoberta fabulosa dos confeiteiros franceses que inventaram esse modo atraente de apresentar o chocolate.
E nós podemos ir mais longe ainda prá conhecer o surgimento dessa iguaria gourmet! Era uma vez uma semente mágica, doce e amarga ao mesmo tempo. Moída e temperada, essa semente perfumava uma bebida da qual um imperador asteca saboreava cinquenta taças por dia.
Naquele tempo eles não sabiam que essa semente provocaria uma quantidade enorme de adoradores ao redor do mundo, extasiados pelo sublime prazer adocicado. Essa maravilha ao paladar dos apreciadores tem sua origem em termos astecas e maias. Foram esses povos que descobriram a semente de cacau, no México, e criaram uma pasta a qual misturada com água se transformava numa bebida fria e espumante: o Tchocolath. Passado algum tempo, incorporaram especiarias como pimenta e gengibre conferindo-lhe um gosto amargo que eles apreciavam bastante.
A Cristovão Colombo foi oferecida essa bebida mas ele nem chegou a provar, tão absorvido que se encontrava com a conquista do novo mundo! Coube a um outro espanhol que participava da sua fragata o direito de experimentar e de anos depois divulgar a semente do cacau na Espanha.
Inicialmente, o chocolate não seduziu o povo espanhol. Dez anos depois de sua introdução naquele país, alguns monges retiraram a pimenta e o gengibre substituindo-os por canela, baunilha e depois pelo açúcar. O chocolate era, então, tido como afrodisíaco e até mesmo como detentor de poderes curativos. Passaram-se 100 anos até que os europeus de outros países descobrissem e se apaixonassem pela iguaria.
O cacau foi introduzido no Brasil em meados de 1700, atingindo o apogeu um século depois quando cerca de 90% da produção era para a exportação. A expansão do cacau no Brasil tem uma história tumultuada com os ricos e poderosos “Coronéis do Cacau” controlando o comércio e invadindo e fazendo aquisições ilícitas de terras. Essa situação perdurou até as primeiras décadas de 1900. Hoje, o país é o maior produtor da América Latina e um dos maiores do mundo ao lado da Costa do Marfim, de Gana e do Equador.
O uso de chocolate na culinária universalizou receitas de diferentes países. Conhecemos a mousse de chocolate e as trufas francesas, a torta alemã floresta negra, a austríaca torta sacher, o fondue au chocolat suiço, e, evidentemente, o brigadeiro brasileiro.
Símbolos da Páscoa:
A Cruz da Ressurreição: representa o sofrimento e a ressurreição de Jesus Cristo.
O Cordeiro: simboliza Cristo, que é o filho e cordeiro de Deus, sacrificado em prol de todo o rebanho (humanidade). Embora tido como símbolo da Páscoa cristã, o cordeiro já era muito importante na Páscoa judaica e nos cultos Teutónicos, onde era frequente o sacrifício de animais aos deuses.
Pão e Vinho: representando o corpo e sangue de Jesus, o pão e o vinho são dados aos seus discípulos, para celebrar a vida eterna.
O Círio: vela de enorme dimensão que se acende no sábado de Aleluia, que simboliza “Cristo, a luz dos povos”. Alfa e Ômega nela gravadas querem dizer: “Deus é o princípio e o fim de tudo”.
Coelhinho da Páscoa: esta tradição nasceu na Alemanha, há muitos séculos, pelo que se dizia às crianças que os coelhos levavam os ovos e os escondiam nos jardins. Na manhã do dia de Páscoa as crianças tinham de procurar os ovos escondidos pelos coelhinhos.
Ovos da Páscoa: os ovos de Páscoa são um costume típico de muitos países. Quer sejam ovos de galinha pintados, tradicionais sobretudo na Polónia e na Ucrânia, quer ovos de chocolate envoltos em papel decorativo brilhante, recheados de amêndoas e enfeitados com bonitas fitas, segundo os costumes mais ocidentais, o que é certo é que os ovos fazem parte do nosso imaginário pascal.
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